sábado, 20 de setembro de 2025
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“Jagarajó”: A Amazônia profunda revelada em memórias e encantamentos

Autor paraense resgata a alma marajoara em livro que une lirismo, crítica ambiental e reflexão sobre a identidade amazônica; lançamento ocorre no dia 8 de agosto, em Belém.

Em seu mais recente livro, Jagarajó, o escritor paraense Ernesto Feio Boulhosa mergulha nas profundezas da memória afetiva e da cultura amazônica para reconstruir, em prosa poética e reflexiva, o universo simbólico da comunidade de Jagarajó, localizada na região do Marajó.

Ao misturar relato autobiográfico, crítica ambiental, crônica de costumes e lirismo regional, Boulhosa, membro da Academia Marajoara de Letras, oferece um mosaico afetivo de personagens, paisagens e rituais cotidianos. O livro é um testemunho sensível do pertencimento à terra, evocando o sentimento de saudade, as transformações socioambientais e a relação íntima com a floresta, os rios e os saberes tradicionais. Ao mesmo tempo, é uma denúncia sutil da perda de identidade frente à modernidade e ao abandono das comunidades ribeirinhas.

Natural de Ponta de Pedras, o memorialista convida os leitores a conhecer as peculiaridades da alma amazônica, resgatando lembranças, paisagens e personagens da comunidade que dá nome ao livro.

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Mais do que uma homenagem ao povo marajoara, a obra lança luz sobre temas urgentes como a preservação ambiental, os saberes ancestrais e os impactos da urbanização na vida interiorana. Por meio de narrativas sensíveis, causos, reflexões e poemas, o autor constrói um retrato lírico e crítico do pertencimento caboclo e da floresta como morada simbólica e espiritual.

Jagarajó é leitura obrigatória para quem deseja compreender a Amazônia para além dos clichês e explorar as raízes profundas da identidade nortista, com toda sua beleza, contradições e força cultural.

O autor, por meio de sua obra, nos mostra como a literatura pode ajudar a preservar a memória da Amazônia.

O lançamento oficial do livro será no dia 8 de agosto de 2025, às 19h, na Academia Paraense de Letras, que fica na Rua João Diogo, 235, Cidade Velha, Belém-Pará.

Texto: Felipe Melo

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